MODERNISMO BRASILEIRO SEMANA DA ARTE MODERNA E TARSILA DO AMARAL


Vamos refletir!


" Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda". Paulo Freire


Releitura do Abaporu - Criado por Sandra Gobert



MODERNISMO BRASILEIRO

SEMANA DA ARTE MODERNA
E
TARSILA DO AMARAL

n  O modernismo Brasileiro teve como marco oficial a Semana de arte moderna de 1922. Este evento foi organizado por um grupo de artistas e intelectuais no ano em que o Brasil comemorava cem anos de Independência.
n  Esta semana significou uma ruptura com as regras  do passado, (arte importada de outras partes do mundo principalmente Europa), pois os artistas queriam uma arte que tivesse corpo e alma do Brasil, além de uma nova linguagem, não tradicional.
n  O movimento modernista surgiu no Brasil em 1920, em São Paulo, com a proposta de construção de uma arte com valores nacionais, mas aliados ás novas estéticas e linguagens das vanguardas européias.
n   A primeira fase iniciou-se  com base  na polêmica  criada em torno da exposição de Anita Malfatti e das esculturas de Brecheret, pois seus trabalhos desobedeceram às regras tradicionais (proporção, cor).


 GRUPO DOS CINCO
n  A partir de 1922, foi formado o grupo dos cinco com:
Mário de Andrade 
(poeta, romancista, musicólogo, historiador e crítico de arte e fotógrafo brasileiro);

Menotti del Picchia 
(poeta, jornalista, tabelião, advogado, político,romancista, cronista, pintor e ensaísta brasileiro).

Anita Malfatti
(Pintora e professora)

Tarsila do Amaral
(Pintora)

Oswald  de Andrade
( foi um escritor, ensaísta e dramaturgo brasileiro).

n  Este grupo promovia encontros e viagens pelo Brasil para discutir sobre o modernismo e a arte Brasileira.
n  No primeiro número da Revista Antropofagia, foi publicado o Manifesto Antropófago, no qual destacamos, por exemplo, a frase “tupy or not tupy, that is the question” que significa “tupi ou não tupi, eis a questão”; numa referência à famosa frase de Shakespeare “to be or not to be, that is the question”.

O que significava
movimento Antropofágico

n  Do grego anthropos, "homem" e phagein, "comer" .
n  Propõe "devorar" influências estrangeiras para impor o caráter brasileiro à arte e à literatura. 
n  O movimento antropofágico defendia que todas as influências culturais vindas de outros países deveriam ser “mastigadas” pela cultura brasileira e não somente aceitas.
n  A cultura brasileira não precisaria imitar a arte européia. Era preciso então redescobrir o Brasil que já existia antes do século XVI. 
n  O Manifesto antropófago amplia as ideias do Movimento Pau-Brasil. Passou-se, inclusive, a defender radicalmente a valorização da língua Tupi, pertencente a vários grupos indígenas brasileiros por ocasião do descobrimento.
n  Desse movimento nasce a Revista Antropofagia. Aprofundando a ideologia da Poesia Pau-Brasil, que desejava criar uma poesia de exportação, o movimento antropofágico brasileiro tinha por objetivo a deglutição (daí o caráter metafórico da palavra "antropofágico") da cultura do outro externo, como o norte americano e europeu e do outro interno, a cultura dos ameríndios, dos afrodescendentes, dos eurodescendentes, dos descendentes de orientais, ou seja, não se deve negar a cultura estrangeira, mas ela não deve ser imitada. Foi certamente um dos marcos do modernismo brasileiro.

Tarsila do Amaral
vida e obra

BIOGRAFIA
n  Tarsila do Amaral nasceu em 1º de setembro de 1886 na Fazenda São Bernardo, município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha de José Estanislau do Amaral e Lydia Dias de Aguiar do Amaral. Era neta de José Estanislau do Amaral, cognominado “o milionário” em razão da imensa fortuna que acumulou abrindo fazendas no interior de São Paulo.
n  Seu pai herdou apreciável fortuna e diversas fazendas nas quais Tarsila passou a infância e adolescência. Estuda em São Paulo no Colégio Sion e completa seus estudos em Barcelona, na Espanha, onde pinta seu primeiro quadro, “Sagrado Coração de Jesus”, aos 16 anos.
n  Casa-se em 1906 com André Teixeira Pinto com quem teve sua única filha, Dulce. Separa-se dele e começa a estudar escultura em 1916 com Zadig e Mantovani em São Paulo. Posteriormente estuda desenho e pintura com Pedro Alexandrino.
n  Em 1920 embarca para a Europa objetivando ingressar na Académie Julian em Paris. Freqüenta também o ateliê de Émile Renard.
n  Em 1926 expõe em Paris, obtendo grande sucesso. Casa-se no mesmo com Oswald de Andrade.
Em 1922 tem uma tela sua admitida no Salão Oficial dos Artistas Franceses. Embora não tenha sido participante da “Semana de 22” integra-se ao Modernismo que surgia no Brasil, visto que na Europa estava fazendo estudos acadêmicos.

n  Em 1928 pinta o “Abaporu” para dar de presente de aniversário a Oswald que se empolga com a tela e cria o Movimento Antropofágico. É deste período a fase antropofágica da sua pintura.
n  Em 1929 expõe individualmente pela primeira vez no Brasil. Separa-se de Oswald em 1930. Em 1933 pinta o quadro “Operários” e dá início à pintura social no Brasil. Passa a viver com o escritor Luís Martins por quase vinte anos, de meados dos anos 30 a meados dos anos 50.
TARSILA
E A INFLUÊNCIA
SURREALISTA EM SUAS OBRAS

O ABAPORU,
TELA PINTADA POR  TARSILA DO AMARAL, EM 1928, É UM DOS QUADROS DE MAIOR IMPORTÂNCIA DESSA FASE. A OBRA EXERCEU UM PAPEL FUNDAMENTAL, INAUGURANDO UMA NOVA ERA MODERNISTA E UM NOVO PERÍODO NA PINTURA BRASILEIRA.


O que é Abaporu:

Abaporu é uma clássica pintura do modernismo brasileiro, da artistaTarsila do Amaral. O nome da obra é de origem tupi-guarani que significa "homem que come gente" (canibal ou antropófago), uma junção dos termos aba (homem), pora (gente) e ú (comer).
A tela foi pintada por Tarsila em 1928 e oferecida ao seu marido, o escritor Oswald de Andrade. Os elementos que constam da tela, especialmente a inusitada figura, despertaram em Oswald a ideia de criação do Movimento Antropofágico. O Movimento consistia na deglutição da cultura estrangeira, incorporando-a na realidade brasileira para dar origem a uma nova cultura transformada, moderna e representativa da nossa cultura.
O quadro Abaporu foi vendido no ano de 1995 para o argentino Eduardo Constantini por 1,5 milhões de dólares e encontra-se exposto no MALBA (Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires).

Análise da Obra Abaporu

Esta obra marca a fase antropofágica da pintora Tarsila de Amaral que ocorreu entre 1928 e 1930. É possível identificar traços característicos da artistas, como a escolha de cores fortes e inclusão de temas imaginários ou alteração da realidade.
Na pintura vemos um homem com grandes pés e mãos, e ainda o sol e um cacto. Estes elementos podem representar o trabalho físico que era o trabalho da maioria naquela altura. Por outro lado, a cabeça pequena pode significar a falta de pensamento crítico, que se limita a trabalhar com força mas sem pensar muito, sendo então uma possível crítica para a sociedade daquela época.
O homem representado transmite uma certa melancolia, pois o posicionamento da cabeça e expressão denotam alguma tristeza ou depressão. Além disso, o pé grande também pode revelar uma forte conexão do ser humano com a terra.
Quanto às cores usadas, para haver uma clara alusão ao Brasil pois há destaque para o verde, amarelo e azul, cores predominantes da bandeira brasileira.
Fontes:
 http://www.significados.com.br/abaporu/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Tarsila_do_Amaral

http://www.suapesquisa.com/biografias/tarsila_amaral.htm

http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa824/tarsila-do-amaral

http://tarsiladoamaral.com.br/


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